PROFECIAS TERMINAIS
010 - PROFECIAS TERMINAIS
(Poema in memorium)
DE: MARCELO GUIDO
EM: 26.FEV.1998 ÀS 03:16: 53H
P/: ESTELA LOURENÇO
EM: CAMANDUCAIA/MG
HISTÓRICO: Estela foi minha musa no ano de 1990 e após essa fase tornou-se uma de minhas melhores amigas em ocasiões em que muito me auxiliou até seu trágico recolher final no ano de 1994. Será sempre uma linda recordação, não apenas por seu espírito ter me devolvido a essência da composição, mas também por Patrícia se assemelhar física e pessoalmente com ela. Isso, fatalmente, me aproximou de Patty de modo irreversível, sendo que essa história será contada em sua totalidade nestes POEMAS PÚRPUROS...
Foi, há tempos, para o Céu
Iluminar os mais puros Arcanjos
Com seu jeito menina de ser...
... Em vida foi a mais bela flor
Que desfilou pelos jardins deste meu Universo
Com fascínio e sedução
Que obteve a total essência do meu tão precoce amor...
Infelizmente, não estava escrito para ser;
E as Profecias, o Destino, terminal, com púrpuro líquido redigiu
Levando-a, inflexível, consigo para o Eterno...
Ah, quanta maldade!
Ainda é imensa minha saudade
Por perdê-la, impotente, para a Velha Senhora
Sem ao menos me despedir...
O tempo, então, passou
Mas nunca a extrai de minha memória
Ciente de que seu tenro coração
Para sempre estará conectado ao meu
No percurso desta minha vontade...
... Algum dia, a encontrarei no Paraíso
Embora, por hora, eu ainda siga minha sina
Que, convictamente, seria muito mais gratificante
Se ao meu lado, ainda, estivesse neste momento...
Pois, sei que enquanto eu viver
Não mais a encontrarei
Permanecendo em mim as lembranças
Que se fazem eternos consolos cravados na alma
Para amenizar a dor de um coração tão dócil e humano
Que, um dia, quis ousar amá-la com ternura e devoção
Mas que, por respeito à sua emoção
Retirou-se, covarde, para nunca mais voltar... Foi meu erro mais cruel e irreparável
Por minha máxima culpa...