AS TARDES NA BIBLIOTECA

Era uma vez...

Num lugar bem distante

Crianças que sonhavam crescer...

Toda tarde, antes do inicio da aula

Buscavam as maravilhas do mundo e das gentes

Com o desejo supremo do saber

Momentos preciosos, detentores de prazer.

Reuniam a mesa da biblioteca

Em busca do amor ao saber e ao saber viver.

Passava as horas

Alegres, folheando

De Lispector as façanhas de Lobato.

Bastava apenas contemplar:

Integração, menino... menina

Havia brilho inserido em cada olhar.

Promessas sublimes

Gentil homem e mulher do mundo

Novas esperanças... assim tornar útil toda existência.

Ainda como tudo é transitório e mediocre

O abuso de poder sobre quem não tem

Alimenta a vaidade de muitos...

O templo vivo, porta foi a chave encontrada

A boca serrou o sorriso... em cada face um desapontamento

E o barulho das páginas foi transformado em silêncio

Biblioteca igreja dos esperançosos

Centro e força de ciência, arte, filosofia, literatura e poesia

Fiel defensora da cidadania

Para aquele momento, traz as portas fechadas.

Pois queriam vê-la super arrumadinha

Em total silêncio e na penumbra do vazio.... sem gente lá dentro!

Não podiam mais entrar

E render graças ao deus da luz

Não podiam desarrumar...

Angeluar
Enviado por Angeluar em 24/03/2008
Reeditado em 24/03/2008
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