ERRANDO AS CENAS DA VIDA!
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Vou colorindo a noite.
Pinto as estrelas com os meus olhos.
Atiro um sopro para beijar as ondas que se achegam,
mas me deixam ao relento nesta hora enluarada.
Abro meu peito para sentir seu toque.
Espalmo as mãos para tangar o meu som... mesmo sozinho.
Dou alguns passos dançantes,
mas danço literalmente me confidenciando só.
Insisto com as cores da minha arte.
Arteiros pinceis em desencontro tentando pintar uma vida com tantas vidas idas na curva da estrada do sempre.
Atropelos,
encontros,
arrastos e
sutilezas indizíveis nessa revelação enferma de verdade sentida.
Tingi a constelação da minha lembrança.
Saudade é o que não me falta,
restam tantas e tontas que me embriago no oceano dos olhos que jorram incontáveis vezes o impossível da arte que não tem me permitido errar as cenas.
©Balsa Melo
22.03.08
Paraíba