À Rosa
À Rosa
Sabe lá, Rosa,
O que é envolver o mestre em manto de dignidade e respeito
Ainda que este se afogue em volatilidade?
Sabe lá, Rosa,
O que é empenhar todos os músculos da face numa cara tântalesca
Diante da béstia gracejante?
Sabe lá, Rosa,
O que é dizer amém por convicta solidariedade
E não por ser obrigado a concordar?
Sabe lá, Rosa,
O que é nascer e crescer, beber e banhar-se na fonte e nicho
Das virgens de tupã, martins, caminhas, raquéis, belchiores, fagners, castellos...
Sabe lá, Rosa,
O que é resistir à seca-enchente-canhões,
E ainda assim idolatrar os dragões do mar?
Sabes quanto custa, Rosa,
Carregar a terra do Siará Grande adicionada ao sangue mestiço?
E se guiar pela placa torta, se perder na contramão rumo à imensidão dos bravios verdes mares da Terra da Luz?
Sábia Rosa,
Rui Barbosa é apenas um irmão, filho da mesma agonia.
A internet escreve em internetês.
E Nun-ã
Eu o pari integralmente.