Quanto a Você ...

Entenda assim.

A gente se afasta e se liberta.

É o certo. Não vou estar por perto.

Ficarão as sementes que plantei nos seus dias.

Germinará o que de belo foi semeado em mim.

Nos devolvemos aos nossos mundos.

Você retorna a seu inverno.

À brancura dos paralelos glaciais.

Eu fico com o Sol que incandesce

colorindo de luz os vapores tropicais.

No meu Rio de verão eterno.

Você leva esse olhar turqueza

Sua aura de guerreiro viking

e os matizes das auroras boreais.

Eu levo a certeza do vinho

na herança de meus ancestrais.

Retomo o insondável caminho.

Troco sonhos por realidade.

Sax e guitarra pela nua verdade

desse meu prosseguir sozinho.

Porque sou assim.

Ensino a liberdade.

Depois retorno a mim.

Reoriento meus sinais.

Eu persisto.

Eu insisto.

Eu existo.

E Helsink nunca mais ...

Claudia Gadini

28.12.05