Perdoe-me...
Perdoe-me...
Ciducha
Perdoe-me...
dessa busca sem querer
desse amor sem paixão
desse cansaço sem afeto...
Perdoe-me a passividade,
com que aceito sua inércia!
Por favor... perdoe-me.
Desse imenso vazio,
contido no exíguo
espaço do teu corpo,
e consequemente...
no mundo.
Perdoe-me...
por favor, perdoe-me!
De tanto amargo
sempre e sempre
tão insistentemente repetido...
Desse rancor contido,
desse olhar perdido,
para sempre perdido...?
Por favor, perdoe-me...
Dessa vida que exilou a poesia,
sem noites de lua cheia
sem magia...
Sem ondas do mar a nos acariciar...
sem névoa, sem sorrisos, sem amar...
Será que vai me perdoar, amor?
Me perdoe...
perdoe...
perdoe...
20/02/2008