punhal
esse amor
do tamanho do mar
de um tamanho sem fim
nao pode mais se conter
e mais cedo ou mais tarde
nao vai mais conseguir se esconder
assim
como se fosse covarde
contido
e mostar o quanto arde
reclama
do quanto ama
escondido
nas sombras
nas penumbras
nos escuros
atras das portas
atras dos muros
como um fugitivo
entre as folhagens
um bandido
um selvagem
mas com a forca de um punhal
enterrado ate o cabo
penetrado
profundo
fatal
no peito dessa mulher
fazendo sangrar na alma
deixando cicatriz
deixando essa mulher
fraca
sem forca
sem rumo
calma
e feliz