Pégaso 


Sinto-me um poeta
vadio
pelas andanças do tempo
num sonho coberto de anémonas 

Cavalgo
no meu cavalo alado
e arrasto planícies
pelas alturas sublimes
de um Universo tranquilo 

O voo da águia
assombra-me pela sua liberdade
e o cavalo conduz-me até ela
até ao cimo do monte 

Percorremos rios
em busca do mar
na traição destruidora
por grandes ondas 

Do alto vemos
homens de enxada
a cultivarem a terra
seca de gotículas absorventes 

Cansado me encontro
e Pégaso encaminha-me
para a solidão do meu quarto
onde desperto para a realidade.
pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 20/03/2008
Reeditado em 18/01/2010
Código do texto: T909902