NÃO PODER
" Humilde paródia em resposta ao 'Querer' do mestre Neruda"
Não te quero pois minha vida é erro
Em não querer-te, insisto, e erro
Errante ainda teus pés não cheiro
No chão gelado tua altivez eu olho
Te quero em sonho mero
Odeio não poder e rogo
Que ao passo do meu amor traiçoeiro
Decepe-me o amor que tanto nego
Talvez consumirá inteiro
Tua alva face, meu coração, teu cheiro
Afirmando por mim teu desapego
Nesta história sempre eu sofro
E morrerei só porque te quero
Pois não posso, amor, ter-te e morro