CLARA LUZ
Flui dos meus olhos, límpida,
a luz que emana do ser tímido
que sou, criatura só e única.
É o cálido brilho fúlgido
da minh’alma plácida,
vertida em sólida lágrima.
Brilha , mágica e lúdica,
por um momento ínfimo.
Desce pelo rosto, rápida.
Cristal trêmulo, translúcido,
reflete as cores múltiplas
das dores últimas.
Clara luz súbita, relâmpago
no cálice da dúvida,
tão próxima da cáustica lástima...