Quem... Eu?

Foi tua boca que disse,

Tua palavra que manda.

De repente... nada.

Parado como tudo,

Que em marcha reza.

Teu olhar declarava,

O pouco que me restava,

Como rocha que se quebra,

nas agudezas do mar.

Mas, quem tu és,

Se tanto sou quanto tu?

Teu rótulo estampado,

Com validade vencida.

De que vale esta ferida

Se não velas, por amor.

A poeira do meu vento

Foi mais forte e te ventou.

Não é triste viver só.

Só teu dedo em riste,

Pode pensar teu poder.

O meu peso te abate

Tomba sobre ti essa carcaça,

Desdenhada... Uma sombra

Que te acompanha.

Stelamaris

stelamaris
Enviado por stelamaris em 17/03/2008
Reeditado em 25/03/2008
Código do texto: T904766
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