Quem... Eu?
Foi tua boca que disse,
Tua palavra que manda.
De repente... nada.
Parado como tudo,
Que em marcha reza.
Teu olhar declarava,
O pouco que me restava,
Como rocha que se quebra,
nas agudezas do mar.
Mas, quem tu és,
Se tanto sou quanto tu?
Teu rótulo estampado,
Com validade vencida.
De que vale esta ferida
Se não velas, por amor.
A poeira do meu vento
Foi mais forte e te ventou.
Não é triste viver só.
Só teu dedo em riste,
Pode pensar teu poder.
O meu peso te abate
Tomba sobre ti essa carcaça,
Desdenhada... Uma sombra
Que te acompanha.
Stelamaris