O A e o Ó

O A é o A

e o Ó é o Ó

(ou o O é o O),

só se o A

for A sem ais

e o Ó

for Ó sem uis.

Se se é A,

só o A

é que há.

Se se é Ó,

há o Ó

e só.

Só se é A

e só se é Ó

se o que se é

se é e fim,

sem se ser

mas não tão bem,

ou nem ter

um só pé

no sim.

Quem é A

ou quem é Ó

não tem por quê

de dó

de si

ou de nó

em seu dó-ré-mi,

pois o ar,

o chão

e o mar

à luz do Sol

sem mal

se dão.

E o A

e o Ó

um com um

um bom par

se faz

e no fim

não tem

quem no pó

não jaz.