A VIDA EU COM O ATÉ O CAROÇO
Não é mole.
Não me amole.
Não-me-olhe
com teus olhos
de Maria mole.
Não há culpas,
nem desculpas.
Não há púbis
que cubra de negro
os meus cabelos brancos,
tampouco há zomba
que me faça surdo,
nem difama que me torne mudo.
Tuas
sobrancêlhas pintadas,
Teus cílios postiços,
Tua boca cheia de dentes plantados,
Teus lábios vermelhos de
batom vencido
não mordem,
nem metem mêdos.
De tudo,
de todos,
e de vós
estou até o pescoço.
O resto
da vida vivida
eu como até o caroço.
SERRAOMANOEL - SLZ/MA - TRINIDAD - 16.03.2008.
Não é mole.
Não me amole.
Não-me-olhe
com teus olhos
de Maria mole.
Não há culpas,
nem desculpas.
Não há púbis
que cubra de negro
os meus cabelos brancos,
tampouco há zomba
que me faça surdo,
nem difama que me torne mudo.
Tuas
sobrancêlhas pintadas,
Teus cílios postiços,
Tua boca cheia de dentes plantados,
Teus lábios vermelhos de
batom vencido
não mordem,
nem metem mêdos.
De tudo,
de todos,
e de vós
estou até o pescoço.
O resto
da vida vivida
eu como até o caroço.
SERRAOMANOEL - SLZ/MA - TRINIDAD - 16.03.2008.