O leão nosso de cada dia.
Todos os dias
Entramos na arena.
Na platéia o mundo
As vozes gritando
O leão já em cena.
Todos os dias
Lá vem ele faminto.
Urra, assusta,
Ficamos pálidos em torpor.
Todos os dias é assim.
Um leão doença,
Um leão patrão,
Um leão descrença,
Um Imposto de Renda,
Mais um leão.
E nós esquálidos
Famintos.
Sim, famintos.
Não querem dar mole pro leão.
Somos jogados na arena
E a luta começa...
Mordidas, feridas.
Dor, sofrimento.
Não sabemos como
Mas vencemos a luta.
Cada dia que passa é assim.
E às vezes nos achamos fracos.
Será?