POEMA À TOA
Se não sei de onde vim
e nem sei p’ra onde vou,
a vida eu levo assim
completamente a esmo,
enquanto aqui estou,
perdido de mim mesmo.
Se o tempo me mostrou
que o fado é coisa à toa
do começo até o fim,
vou vivendo numa boa,
se não sei p’ra onde vou
e nem sei de onde vim.
Dos dias, faço um folhetim
com desazo e sem prazo,
se não sei de onde vim.
Se não sei p’ra onde vou
e a poesia vem ao acaso,
este poema, raso... acabou.
(para o Forum, Poesia On-line, mote "Ao acaso", em 13.03.08)