Uivo dos amantes

Corre o rio, debaixo da ponte.

No horizonte, uma linha encarnada de saudosa tarde,

Que se despede, querendo eternizar o rei sol.

No rol de tantas lembranças, o ranço de uma aventura,

Puro sonho de adolescente.

Correm as ondas, buscando o doce dos rios;

O tempo gasta essa ansiedade,

Elucida a memória,

De outrora, onde o assobio dos ventos,

Confundia-se com os uivos dos amantes,

Corrente caudalosa,

Dos prazeres, dos feitiços,

Da vida sem maldade!

GARDÊNIA SP 13/3/2008

Gardênia
Enviado por Gardênia em 13/03/2008
Reeditado em 11/03/2021
Código do texto: T899708
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