ESTRADA
Começo pelos grilos
Não sei aonde vou parar
Sei que estou confusa
Levemente inibida
Posso estar errada
Mas o erro é incerteza
Depois de muito stress
De muita estrada viajada
Voltei menos esperançosa
Voltei com mais responsabilidade
Com mais culpa e tristeza
Esse calor de agora
Incomoda o bem-estar
Estão abertos os meus poros
Com sede de novidades
Novidades das pessoas
Mas será que tem alguém
De quem eu queira saber mais?
Daquele que senti mais saudade
Mas que não preciso tanto
Aquele que alegra o cotidiano
Mas nunca esteve nos momentos especiais
Então é uma saudade finita
Reduzida a certa área
Mas continua a ser saudade
Enquanto eu estava lá isso existiu
Ou talvez foi aqui que percebi
Que teve alguém que fez muita falta
Falta agora descobrir
De quem tanta falta eu senti...
E termino falando dos grilos
Admiráveis e esverdeados grilos
Que merecem toda a glória
Pois foram o início desse relato
Sem nexo, sem fecho...
Sem sapos, sem beijos
Só com grilos...
Vêm, vão grilos.