OCIDENTES
Lá para onde me levam tais pores – de – sol
além das areias e das ondas
no ocidente impossível onde sonho encontrar-me,
talvez com outro nome, numa nova vestidura,
onde eu seja prescindível e possa olhar para outros ocidentes,
Lá na renovada e grandiosa Pasárgada,
entender-nos-emos através do olhar,
e cada sorriso será um aviso
a nos lembrar que existimos.
Deus não escreve livros,
escreve homens e Universos.
Homens escrevem versos
e constroem pontes e fazem guerras.
Espero-me no ocidente para lembrar com tristeza e alegria
que se fizéramos guerras e sofrêramos,
escrevêramos livros que nos confortariam no poente,
na profundez da noite sem-fim.
Nagib Anderáos Neto
2005-12-23
www.nagibanderaos.com.br