Poesia do amor que se foi
De repente você sai, se expulsa de mim,
E aqui fico eu escondido no chão que se abriu sob meus pés.
De repente você parte, e me parte em pedaços de saudade,
E assim fico deserto feito às ruas esperando carros e pessoas.
De repente o sentido se perde das palavras que digo em vão,
E nuvens negras expulsam a aurora que anuncia a chegada do amanhã.
De repente tudo é frívolo e vão, tua afável carícia abandona meu ser,
E só posso perceber meus estilhaços clamando por ti.
De repente o hoje me confirma apenas o nada do ontem,
E minhas roupas, minha casa, meu corpo não me abrigam mais.
De repente minha essência se derrama no meu inferno,
E minh´alma partida submerge ao entulho fétido dos meus erros.
Thiago Cardoso Sepriano