suplício de uma quase perdiçao

Agora que não posso te ter, você me diz que me ama

Agora que não consigo te tirar de mim

Agora que já estava oculto num lugar obscuro dos meus pensamentos

Agora que já dizia a mim mesma que você morreu...

Teria de te reviver e, já sofrendo, teria de te mandar de novo ao limbo dos meus pensamentos

Terei de te dar um novo chá, o do esquecimento

Pois reconstruí minha vida e já não posso mais voltar atrás

Refiz-me

Desfiz-me

E ainda estou procurando uma maneira de reconstruir-me novamente

Não digo que acabou com minha vida pois

Não o fez

Ainda tenho mil maneiras de viver

Mas você me fez perdê-la de vista

Fez-me esquecer quem eu sou

Quem eu poderia ter sido

Quem posso ser

Tive de me redimir de meus pecados

Pois se deixá-los em seu túmulo

Atormentariam-me como sua imagem

Que, em todos relacionamentos nada duradouros,

Me vem na cabeça

Como a primeira imagem chocante de um sonho chato

Como uma música irritante que

Ao esquecer

Vem um indivíduo e lhe lembra de sua insignificância

Por isso

Suplico que

Por favor

Vá embora.

Me deixe te esquecer.

luterana
Enviado por luterana em 12/03/2008
Reeditado em 08/02/2009
Código do texto: T898100
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