REI MENDIGO

Encostei o ouvido no chão

esperando a vinda da Morte da Máquina

e quando isso acontecer

vou beber o sangue do peito

p'ra comemorar

serei, quem sabe? o derradeiro Rei

mendigando a uma raça miserável

que o sirva

e se os risos matarem de vergonha

a liberdade será plena

não existe corrente na incerteza

apenas a noite como estrada

Caminho por terras saqueadas

o cemitério meu refúgio

no vício o mercado,

vejo anões despindo bruxas

no cio dos vampiros,

e rei posto na bebedeira

inauguro escolas perpetuando o crime

as lágrimas sulcam sombras na minha face

Rei mendigo, rei mendigo

o sol e a lua olhos ateus,

na mulher a riqueza você perdeu