POEMA INSEGURO

Veias do pulso aqui

Tocando botões do mundo

E seus sois renovados.

Não é mais o choro calado

Na madrugada nebulosa.

Vidas do parto feito

Quando da tragédia na cara

Basta renovar meus cabelos?

São enigmas duvidosos

Mas a voz canta agora

Com medos no porão trancado!

Que hora será?

Do possível passo da palavra?

Ódios aos medos?

Ou será hora do fim?

A hora não é de mortes mordendo nossas vozes mesmo que trêmulas!

A hora do século em agonia

Arrastando nos bolsos

Nossas sobras que são essas ainda.

Sou fiapo,

Fragmentos de bactérias não encontradas

Choro de criança formigando ainda em feto

Idéia de Deus no espaço em formação

Folha em branco

Pedra

Pau

Matéria prima

Ossos pré-históricos

Não é hora do fim!