Viaje!

Alguns degraus atrás deste em que pisamos,

numa cidade coberta de cinzas.

Com ruas e casas cinzentas,

de arquitetura toda padronizada

e gente não menos acinzentada.

Fábricas quadradas cospem veneno

e toda imaginação é envenenada

o inconsciente coletivo é mecanizado,

operários são semi escravizados,

pelo trabalho fabril são alienados.

Os patrões e os sabichões no idealismo são encarcerados,

seus conhecimentos são anuviados pela segurança

de que tudo são fatos e nada pode ser imaginado.

Na Solar de Pedra o professor descrimina

a beleza, a magia e a alegria do circo.

Só fatos, isso é tudo que ele ensina!

Crianças, jovens, operários, patrões

e tudo, até o além de todas as suas relações...

Tudo explosivamente comprimido

em cápsulas de segurança

espalhada por toda aquela vizinhança.

O mundo acabara de ser conquistado

A máquina havia proliferado,

o tempo esta marcado,

ela esta pra tudo que lado,

em crenças e pensamentos,

Naqueles difíceis tempos...