O REAL INDOMÁVEL

Amor tem gosto de vinho

– e nem se diga que

o sonho sozinho dorme.

O mundo está pleno.

O coração está vivo:

batendo, batendo.

O beijo na borda do cálice

tem gosto de uvas

ácidas

mastigadas.

Talvez o sono recrie o amanhã.

O dia seguinte.

A própria esperança.

– Do livro BULA DE REMÉDIO, 2005/2009.

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/89714