Madrugada
as sombras tremulam
na noite
no silêncio
na penumbra
no vento
voláteis, dançam
contorcionistas
divertem-se
escarnecem
do medo
que faz recuar
que apavora
que fragiliza
que apequena
e a noite prossegue
tão indiferente
às sombras, ao medo
ao frio...