MINHA CASA

Minha casa há de ser numa colina

Toda verde e cercada de rosas.

Canteiros por todos os recantos,

Avencas, rosas e jasmins

Rodeando meu verde jardim

Darão frescor à minha casa,

E perfume e cor e encantamento

E há de dar abrigo a quem ali pousar.

As portas estarão sempre abertas

Convidando a felicidade a entrar.

Minha casa não há de ter gaiolas.

Os pássaros voarão em liberdade

Numa algazarra travessa e feliz

Com os colibris beijando as rosas

E as andorinhas amando nos beirais

E brincando em vôos razantes

Alegrarão o jardim da minha casa...

E à tarde, quando vier a primavera,

A alegria e a felicidade

De mãos dadas com minha sensibilidade

Brincarão de roda na grama verde,

Voarão na gangorra à sombra da mangueira,

Cantando baladas ternas e românticas

A inundar meu jardim de luz e poesia...

Minha casa há de ser numa colina

Toda verde e cercada de rosas.

Há de ter um riacho cantando

Que traga lendas de onde vem passando

E cujas gotas irizadas e doiradas

Pelo sol da manhã, tragam alegria,

Frescor e mil matizes

Às rosas e à grama do jardim.

E quando à noite, sob a chuva de verão

Minhas rosas soluçarem ao som do vento,

Chorarem gotas despencadas pelo chão,

Eu lhes direi baixinho, da varanda,

Que aguardem a brisa da manhã

E o afago carinhoso com que ela beija as rosas

E as acaricia com sua mão de luz

De orvalho, de frescura, de amor...

E elas sorrirão, eis que rosas não choram,

Rosas perfumam, alegram, inebriam.

E em minha casa, que há de ser numa colina

Toda verde e cercada de rosas,

Não haverá lágrimas, tristezas e nem dor,

Tudo será verde, colorido, leve, manso,

Com a esperança a brincar por todo canto.

Minha casa há de ser numa colina

Toda verde e cercada de rosas...

Linandre
Enviado por Linandre em 23/12/2005
Código do texto: T89683