Noite de serenata

Quando o carcomido violão

Grita em coro sua voz afinada,

Arregimentado vozes clementes,

As janelas se abrem

Num abraço emocionado.

O sereno da noite rega

Os prateados fios de cabelo

Da gente sorridente,

Que espalha lágrimas no chão;

Sagrado chão de flores;

Palco de muitos amores!

Que não cessem essas horas jamais!

Que a seresta saia de casa,

Desfilando suas cordas nas ruas,

E sob riso satisfeito da lua,

Vire a serenata de muitos casais!

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 10/03/2008
Código do texto: T895594
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