Noite de serenata
Quando o carcomido violão
Grita em coro sua voz afinada,
Arregimentado vozes clementes,
As janelas se abrem
Num abraço emocionado.
O sereno da noite rega
Os prateados fios de cabelo
Da gente sorridente,
Que espalha lágrimas no chão;
Sagrado chão de flores;
Palco de muitos amores!
Que não cessem essas horas jamais!
Que a seresta saia de casa,
Desfilando suas cordas nas ruas,
E sob riso satisfeito da lua,
Vire a serenata de muitos casais!