IDAS QUE NÃO TÊM VOLTA

Um vaso que se quebra, admite uma provável restauração

Mas as linhas da colagem serão a prova de que jamais será o mesmo

Artifícios da ciência podem fazer com que bata o debilitado coração

Mas em comparação, o anterior era melhor que o pós-conserto!

A água que se esparrama pode até voltar ao seu recipiente

Mas as gotas que se foram, farão da nova quantidade, bem menor

A curiosidade tenta reorganizar, o arrancado papel do presente

Mas não se escondem os danos e amassados, nem pelo perfeito nó!

As unhas e as peles removidas até podem se reconstruir

Mas o membro amputado, esse nunca mais poderá despontar

Assim são os jardins, que após a tempestade, voltam a florir

Mas as ramas que se foram, essas jamais voltarão a brotar!

Desta feita, a mente sábia comanda as ações de um corpo prudente

Às vezes um deslize até pode superar-se no bondoso perdoar

Mas também há certos erros impossíveis de sarar sua vítima doente

Por isso, antes de cada passo, quem julga ter juízo, deve pensar!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 10/03/2008
Reeditado em 30/01/2012
Código do texto: T895302
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