DESAGRAVO À MENTIRA
Eu conheço um azorrague que maltrata sem piedade
A lástima maior que nos lega, frontalmente ofende nossos limites
Não há alma que não sofra por conta de sua deslealdade
Não há muralha de confiança que seu pesado dardo não trucide!
Esbofeteia nosso íntimo e faz pouco caso de nosso humano valor
É a forma mais violenta de perdermos no seu jogo sujo
Eu nunca aprendi a assimilar os efeitos causados por sua dor
Eu abraço seus opositores e de seus amantes eu fujo!
É praga onipresente, que se esconde na frieza de um falso olhar
É símbolo das almas abjetas, que costuma residir por trás de sorrisos
É formada por covardia e a traição é seu preferido manjar
Destroça facilmente as relações, proclamar inocência é seu vício!
Perdem os que julgam ser a inverdade, um gesto de sabedoria
Poder ludibriar é fruta bem doce no início, mas que termina amargando
Seu reino é apenas temporário, seu fim a ninguém eu desejaria
O débito com a verdade, gera acerto de contas, com alma sangrando!