DESAGRAVO À MENTIRA

Eu conheço um azorrague que maltrata sem piedade

A lástima maior que nos lega, frontalmente ofende nossos limites

Não há alma que não sofra por conta de sua deslealdade

Não há muralha de confiança que seu pesado dardo não trucide!

Esbofeteia nosso íntimo e faz pouco caso de nosso humano valor

É a forma mais violenta de perdermos no seu jogo sujo

Eu nunca aprendi a assimilar os efeitos causados por sua dor

Eu abraço seus opositores e de seus amantes eu fujo!

É praga onipresente, que se esconde na frieza de um falso olhar

É símbolo das almas abjetas, que costuma residir por trás de sorrisos

É formada por covardia e a traição é seu preferido manjar

Destroça facilmente as relações, proclamar inocência é seu vício!

Perdem os que julgam ser a inverdade, um gesto de sabedoria

Poder ludibriar é fruta bem doce no início, mas que termina amargando

Seu reino é apenas temporário, seu fim a ninguém eu desejaria

O débito com a verdade, gera acerto de contas, com alma sangrando!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 10/03/2008
Reeditado em 30/01/2012
Código do texto: T895177
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