Dança solitária

elisasantos

Nessa dança envolvente

Onde as cobras retorcidas,

Aderentes ao teu corpo,

Envolvem tua mente,

És sofisma, sombra...

Nada além de vulto.

Da intenção convincente

À ação incipiente,

O intervalo é ficção.

Nesse teatro, o último ato

É um monólogo,

Onde o palhaço

Por si lamenta.

E às gargalhadas

-Ao picadeiro!

Sabendo seu o único riso

E por qual motivo o escutará

A gargalhada é da mentira

Que a si se exige

E do palhaço que sempre será.

elisasantos
Enviado por elisasantos em 22/12/2005
Código do texto: T89502