Um dia insone

às vezes ou quase sempre

deixo-me transformar em lixo

para que comam parte dos meus restos

ou que bebam do líquido do meu viver

afasto-me de mim mesmo,

vou para tão longe que até me perco,

o caminho de volta é lento

sinto arrastar-me como uma lesma

vago entre uma poça e outra,

trocando as pernas em miúdo

como se a água pudesse afogar meus pés

e a lama cobrir minha boca

a vida é assim mesmo

preciso descongelar meus sentimentos,

colocá-los em pratos limpos

para que os meus segredos sejam por você, re_velados

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 10/03/2008
Código do texto: T894982
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