Por Um Terror Novo (poesia cinética)

A cabeça da sedutora de vítimas para o leilão

é tocada por crianças no chão. E é gol!

Uma vítima tem condição de negociar sua absolvição

Uma vingança, um negócio fechado com o chefão...

Escapa da tortura com a tatuagem da pele até o coração.

Vítimas levadas para saciar a vontade de matar

Vitimas da sede do poder sobre a vida,

mercadorias de uma empresa da morte

com empresários faxineiros, vigias e artistas.

O homem no trem admira e o jovem se assusta.

No bar o jovem se desculpa.

Na fábrica o homem o tortura.

Da fábrica que produz o inferno

onde os demônios são a elite dominante

uma fuga alucinante e

mais uma cabeça na sala cintilante.

O som é contrastante,

é envolvente

é delirante

é entorpecente!

Na fábrica de homens e mulheres da morte,

Não existe rancor contra indivíduos

É rancor de outro ou de todos.

É medo do medo de ser fraco,

é desejo de ser forte.

Visão das vítimas!

Visão dos assassinos!

As vítimas se tornam vingativas; mostram-se assassinas!

Os assassinos vão se redimindo

se rendem e encenam o doentio.

É obra que encerra o dualismo!

“_Você não tem família?”

“_Não tem uma esposa?”

“_Minha esposa?”

“_Minha esposa?”

“_Não posso matar minha esposa”

É pra sentir, é pra temer todo o contexto.

Alguns se ofendem com a nudez e violência.

É o susto da nudez de uma possível vivencia.

Outros ruminam, admiram toda a obra,

Ovacionam todo o caos da complacência.