**** MADRUGADA ***
Neste silêncio profundo, quando passo acordada
Eu quero gritar ao mundo, o encanto da madrugada
A chuva fina lá fora, que bate na vidraça
Escorre sem demora na vidraça, que embaça
Depois de uma noite de amor, repousa em sono cadente
Exalando o perfume da flor, que vem do imo da gente
E eu te olho enternecida, ainda malemolente
Com a alma aquecida, e sorrindo docemente
O teu cheiro em minha pele, ainda guarda o arrepio
Que da minha pele expele, odores doces do cio
E eu repriso o pensamento, das horas em êxtase final
E esse é um grande acalento, de um toque magistral
Revejo então novo ato, quando deslizas a palpitar
Se bem me queres é um fato, que sinto na hora de amar
Não foi bem o nosso trato, e te amar foi fatal