A esposa do pescador
Quantas vezes te vi partir
Para a escuridão do mar
Ia-se sempre a sorrir
Lá para fundo pescar
Sua lamparina a te iluminar
E a lua a te colorir
E a te abraçar o ar
Ventos, teus cabelos sacudir
A promessa de um dia voltar
Toda vez que vais-se ir
E um dia lá no meio do mar
Tu irás rir, beber e dormir.
Sempre me ampara o luar
Me promete que há de vir
E sozinha no leito do mar
Para casa, chorando dormir
Da última vez que te vi partir
Morri de tanto chorar
E de ti nunca mais me despedi
Perdido no meio do mar
(Levado por Iemanjá)