Grãos de Areia
Escolho andar nas ruas
Cujas pedras se fazem sentir e,
Os pés descalços, apalpam
Os grãos de areia
Que tornam o andar lento e prazeroso.
Grãos de areia tomam os pés.
O vento que acolhe o corpo,
Não pede licença para sussurrar, aos ouvidos,
O som do nu que me toma a alma e espalha a areia.
Com os olhos fechados, pausa.
Inspiro o cheiro do vento
E revelo, de braços abertos,
O vôo da liberdade
Que toma minha mente e
Se faz Onipresente,
Passado, presente e futuro,
Que desnudam a alma
Nas imagens misturadas que os grãos de areia
Trazem das solas dos pés ao coração.
Carlos Maciel
P.S.: Esta poesia está devidamente registrada em cartório no nome do autor. Toda reprodução sem a devida autorização sofrerá as sanções penais previstas em lei.