MANIFESTO POLIÓPTICO
Eu no meio-termo te odeio:
tuas fronteiras; tuas beiras litorâneas;
tua bandeira positiva,
causas-me náuseas e frieiras!
Eu te odeio nua nas ribeiras,
em cujas cônegos te montam,
recitando escrituras lisonjeiras.
O que me move
a não rachar
com tua besteira?
Ah, eu te odeio muito,
quando estufas o busto
em cânticos rijos
e tuas vozes uníssonas,
cívicas,
berram tão belas e incessantes,
por essas e outras cordilheiras.