Dona Justiça
Essa jovem senhora
de véstes largas,
em uma mão,
uma espada empunhada,
na outra, uma balança.
Fora ela um dia criança?
Tão inerte diante dos fatos,
parece além de cega
por ocasião da venda
que lhe cerra os olhos,
também muda.
Será ela também, surda?
Na postura de justa,
defende a causa do mito
ou é apenas arquétipo
agora tão esquecido?
E o signo, essa jovem senhora
nos indaga e atiça
fazendo-nos questionar
quem é a verdadeira justiça.