A galinha e o poeta

Enquanto o homem passa ligeiro,

Com os olhos no relógio,

Com as mãos no telefone,

Com o pensamento na carteira,

Uma galinha cisca,

Tranqüilamente,

Para os seus pintinhos.

Coitada!

A galinha não tem relógio,

Não tem telefone,

Não tem carteira,

Ninguém percebe,

Ninguém vê,

Só o Poeta,

Que não tem nada pra fazer.