DE FRENTE COM A VIDA
Canto e conto o que quero
Escuto também o que não quero
Sou caminhante errante
Solista e arrogante
Aprendi batear o cascalho pedras preciosas
Dominar o sertão bravio
Criei lendas viciosas
Em ferro e fogo doentio
Sob a água me perdi em pecado
A minha crença sou dedicado
Cortei no machado delicados arranjos
Senti sede e bebi em mãos de estranhos
Não consigo devolver o que tomei
Muito menos o que ganhei
Mas vou em frente
Em pancadas e trovoadas sem
Conflitar a vida ou ser negligente.