Janelas de Prosa
Eu espio as janelas
Que espiam
Umas as outras.
Namoram, confabulam,
Proseiam
Com as portas e pedras.
Passo por becos
Secretos, repletos
De uma história incontida.
Contada, cantada
Em verso e prosa
Que ecoam das janelas.
Casas antigas
De antigos sonhos
Gente mineira.
Tradição de gente
Varandas e violas
Que cantam e tocam.
Tantas são as ruas
Mistérios e lendas
Paixões de ouro
Histórias de liberdade
Que vão e voltam
Mas continuam ali.
Ruas centenárias
De jovens corações
Das Minas Gerais.
Enquanto os telhados cochilam,
Um homem de lata
Desce, em silêncio, a ladeira.