Albatroz!

De quantos sonhos

Podemos falar da verdade

Daquela que queremos

Temos e sentimos

Do princípio que se fez

A luz que espelha

Sedenta em nossas vontades

Sábia, humilde ou tola

Do sonho que vira sonho

Dentro de um novo sonhar

Sonhando o presente futuro

Com o passado que roda feito filme

Tão antigo e tão próximo

Como a distante Ilha do dia anterior

De quantos sonhos, primaveras...

A mão que afaga o que não é real

Entre o virtual e a outorga...

Passos adiante do próximo ato

Uma capa ilustrada ou gris

Do metálico ao absurdo silêncio

Outra vez o que deixo noutro Porto

Aporte, apronto, rígido ponto

Do conto que ainda não escrevi...

Se o poeta fica aos devaneios

Desejos para uma voz muda

Esse grito estampado no ar

Braças para o mar de dentro

Nos Sargaços ouvirei novos lamentos

Folhas atiradas no silício

De quantos sonhos somos feitos

Outro ato para novos temas...

Do que se mira em alto mar, além do albatroz?

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 20/12/2005
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