QVO VADIS?
Um ser estranho, diferente,
a espreita, rondando, rondando,
matutando, matutando,
não se conformando,
meditando em qual encruzilhada
em qual cilada se apresentará,
observando em qual passada o passo se perderá,
será larga ou apertada?
Agora ou depois?
E novamente o caminho se afunila
destoa,
aí me pego falando à toa;
Pronto! Ilha novamente,
palavras ao vento,
mas afinal é como sempre,
brisa virando tormento,
revirando solenemente,
e eu também como sempre,
sendo uma rota alternativa,
figurativa,
por onde passam náufragos a esmo;
Será sempre assim?
Acaso serei a encruzilhada de mim mesmo?
Cruzam-se dentro de mim,
porém não ficam em mim, ou por mim ...
31/07/06
ANDRADE JORGE