O VIGILANTE
A silenciosa simplicidade do vigilante
com a garrafa de café nas mãos.
Apressou o passo,
esqueceu do cansaço.
Engoliu em dois pedaços
o dormido bolachão.
O juízo retornou
invadindo o intestino,
mais uma vez apitou.
Só ele acordado e,
no condomínio,
os moradores dormindo.
Achou uma bituca no pátio
e saiu assoprando
baforadas de solidão.