NATAL
O Natal é uma pausa na tormenta
que assola, dia e noite, a nossa vida.
Cingimo-nos aos sons e à comida
com que, por ora, o sonho se alimenta.
Uma ternura cálida ornamenta
a nossa alma duma paz fingida,
de estafadas canções e de bebida
que põe o pensamento em marcha lenta.
Nem damos pelo ano que se esgueira
ajoujado de fomes, de violência,
e crimes contra a vida. E a mudança
do ano não apaga esta fogueira
que nos agride a voz e a consciência
e ameaça castrar a nossa esperança.
(Dezembro de 2005)
O Natal é uma pausa na tormenta
que assola, dia e noite, a nossa vida.
Cingimo-nos aos sons e à comida
com que, por ora, o sonho se alimenta.
Uma ternura cálida ornamenta
a nossa alma duma paz fingida,
de estafadas canções e de bebida
que põe o pensamento em marcha lenta.
Nem damos pelo ano que se esgueira
ajoujado de fomes, de violência,
e crimes contra a vida. E a mudança
do ano não apaga esta fogueira
que nos agride a voz e a consciência
e ameaça castrar a nossa esperança.
(Dezembro de 2005)