A Criança
Bela e um tanto mais próxima da liberdade!
Tanto esse, que pode esvair.
Observa o consumo, a vaidade, a insanidade.
Vai aprendendo a mentir!
Vai ouvindo respostas
com expressões bélicas.
Vai ouvindo uma das verdades absolutas
e perdendo suas verdades belas.
Na terra onde prazeres são mascarados,
ela se perde em uma neblina de medo.
É figurante em um filme sem enredo,
num mundo de pensamentos confinados.
Passa a ter sonhos cerrados!
Onde nem um gota de magia pode entra.
Ela fica longe da bondade
e aprende a se trair.
Assiste a diversão da maldade
e pensa em se divertir.
É refém das respostas
sussurradas sem cautela.
Torna-se escrava de uma luta
para entrar em uma cela.
Em bosques ela não pensa em adentra;
só o ar condicionado do desejo ela consome!
Tudo olha com sede e fome;
mas sente medo da chuva!
Ela aprende a idealiza.
E esquece de imagina!