Imaginário

Na imaginária noite, em minha solidão

adormeci sobre o desejo e a espera,

e não vieste ao encontro de meus braços.

Derramei-me em lágrimas sobre o leito,

ansiei sentir o calor do teu peito,

vivenciei a dor de uma utópica paixão.

Clamei por teu carinho, ainda que breve,

suspirei mil lamentos, esvaziei-me por dentro,

de nada adiantou, tua ausência permaneceu.

E na vã expectativa de tua chegada,

adormeci embalada em meus desejos,

imaginando tua boca a me cobrir de beijos.

Foram tantos devaneios, em tua companhia

que nem vi o sol surgir, trazendo o dia

porém, foi só um sonho, a espera continua...

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 29/02/2008
Código do texto: T881095