SOU ASSIM!
Assim comum, considero
Ser a minha natureza
Ter na mente a clareza
Do que sinto, tenho e quero!
Às vezes, eu desespero
Por ver um mundo cruel
Tanta gente infiel
À ética e à moral
Que pensando só no mal
Vão esquecendo quem é pobre
E num acto menos nobre
Mostram sua cobardia
E com a alma tão fria
E o corpo assim tirano
Desleixam o ser humano
Que até o sonho encobre!
Apenas eu! …Sou assim!
Simples e sem vaidades
Detesto as crueldades
De quem teima em ser ruim.
Porque se todos, enfim
Dessem um pouquinho só
Ver-se-ia menos dó
Menos pobreza espalhada
E a fome era afastada
E o bem consolidado
E todo o Maná sagrado
Tornar-se-ia num rei
E o sonho …esse eu sei
Seria realizado!
O Poeta Alentejano