De Confins e Claridade!

De Confins e Claridade!

J.J. Oliveira Gonçalves

Sumir comigo mesmo é impossível

Pegar-me pela mão, dizer: já vou!

Fugir com minha sombra instransferível

Dizer: ai, prisioneiro não mais sou!

Há caos em mim e há este Estro terrível

Que chora o que outrora já cantou!

E de plantão a Dor irredutível

A rir do coração que ela quebrou!

Quebrado o coração e a Alma penada

De tudo o que já fui sou quase nada

Nas tênues filigranas da Emoção!

Sou fuga! - penso, às vezes, na Ilusão

Que Asas ganho e vôo em Liberdade

Planando entre Confins e Claridade!

Porto Alegre, 27 de fevereiro/2008.

JJota
Enviado por JJota em 28/02/2008
Código do texto: T879725
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.