MORADOR DE RUA

MORADOR DE RUA

MOR

Na ode do enredo

agora só o coitado.

De tudo já teve medo

pelo mundo rejeitado.

Vivendo naquele estado

debaixo daquela marquise.

Por tudo era fustigado

nem pensava em reprise.

Mesmo sendo letrado

logo sendo muito feliz.

Logo era recusado

nem pensava em infeliz.

Com frio debaixo de chuva

nem o fogo aquecia.

Que tinha o gosto de uva

da fome que sofria.

E a fome perseguia

esse é um tempo moderno.

Dormia de barriga vazia

sempre é mais um inferno.

Rola de dia, dormia na rua

de mendigo a morador.

Uma meritória obra sua

sempre a sofrer a grande dor.

São José/SC, 27 de fevereiro de 2008

www.mario.poetasadvogados.com.br

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Asor
Enviado por Asor em 27/02/2008
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