O que há?
O que há?
De Iolanda Brazão
O que é que há?
Por que me olhas assim?
E falas coisas sem sentido...
Não entendo esta sua atitude
Muito menos as palavras que dizes
Acusas-me do que?
Não posso pagar por um crime
Que não cheguei a cometer
Tua vida tuas escolhas e atitudes
Estiveram sempre em tuas mãos
Agora me acusas pelas tuas escolhas
Por não saberes conduzir teu próprio caminho
Ah, agora falas em espinhos.
E os jardins de rosas que não soubeste cultivar
Lembras? Já esqueceste?
Ou simplesmente fazes questão de ocultar
E assim jogar todas as culpas
Para quem sempre te estendeu a mão
Não culpes ninguém por tuas falhas
Para acertas às vezes temos que errar
Já diz o ditado:
Errar é humano
Permanecer no erro e burrice
Então, para de me olhar!
Deixa de blasfemar
Pois é chegada a hora
Da sua vida mudar
Agora por favor, me deixe!
Já estou farto de ingratidão
Segue teu caminho
Vou agora em outra direção.